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quarta-feira, 22 de julho de 2015

PF pede transferência de presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez para cadeia sem banheiro privativo

A PF (Polícia Federal) solicitou ao juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato na Justiça Federal de Curitiba (PR), a transferência dospresidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio de Azevedo, para o Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana. Eles estão presos na superintendência da PF na capital paranaense.
Além dos dois, outros seis presos poderão ser transferidos. Ao contrário da carceragem da PF, o local não tem banheiro privativo e preza pela rigidez nas regras dentro da prisão. No entanto, caso sejam transferidos, os presidentes das empreiteiras vão encontrar banho quente — como também tinham na superintendência da PF.
Segundo a PF, a medida é necessária porque falta espaço na carceragem da Superintendência da PF na capital paranaense, onde os oito estão presos.
Além de Odebrecht e Azevedo, se a autorização for concedida, serão transferidos mais cinco executivos ligados à Odebrecht: Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, César Ramos Rocha, João Antônio Bernardi Filho, Márcio Faria da Silva e Rogério de Araújo. O outro preso é Elton Negrão de Azevedo Júnior, da Andrade Gutierrez.
Eles estão presos em caráter temporário na carceragem da Superintendência da PF. No pedido de transferência que apresentou na última terça-feira (21), o delegado federal Igor Romário de Paula argumenta que, além de a carceragem não ter capacidade para os investigados, eles já prestaram os depoimentos necessários às investigações.
Foi a necessidade de eles serem ouvidos no inquérito que, inicialmente, justificou que os investigados fossem mantidos na carceragem.
"Todos eles já foram ouvidos e, em que pese não tenham em sua maioria contribuído para o esclarecimento dos fatos, estando ainda presentes circunstâncias que recomendem a manutenção de todos sob custódia, não há por que mantê-los ainda na carceragem da PF em Curitiba", afirma o delegado no ofício encaminhado ao juiz Sérgio Moro.
Igor Romário de Paula destacou que as instalações da PF são destinadas a acolher presos em situação transitória, em geral, presos em flagrante, até que surjam vagas no sistema estadual.
— As instalações são limitadas, sendo capaz de absorver um pequeno número de presos, e a manutenção destes nas celas dificulta a operacionalização das autuações em flagrante e fragiliza a segurança do local em alguns momentos de excesso de custodiados.
Estão detidos no Complexo Médico-Penal o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e os ex-deputados federais André Vargas, Luiz Argôlo e Pedro Corrêa.

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